terça-feira, 23 de novembro de 2010

CAPÍTULO VI

          Mas que Humanitas é esse?
– Humanitas é o princípio. Há nas cousas todas certa substância recôndita e idêntica, um princípio
único, universal, eterno, comum, indivisível e indestrutível, – ou, para usar a linguagem do grande Camões
Uma verdade que nas cousas anda
Que mora no visíbil e invisíbil.
Pois essa substância ou verdade, esse princípio indestrutível é que é Humanitas. Assim lhe chamo,
porque resume o universo, e o universo é o homem. Vais entendendo?
– Pouco, mas, ainda assim, como é que a morte de sua avó...
– Não há morte. O encontro de duas expansões, ou a expansão de duas formas, pode determinar a
supressão de uma delas; mas, rigorosamente, não há morte, há vida, porque a supressão de uma é princípio
universal e comum. Daí o caráter conservador e benéfico da guerra. Supõe tu um campo de batatas e duas
tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para
transpor a montanha e ir à outra vertente, onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem
em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanição. A paz nesse caso,
é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Daí a alegria
da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se a guerra
não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real de que o homem só comemora e
ama o que lhe aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que
virtualmente a destrói. Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas.


                                           ( In. Quincas Borba; Assis, Machado de.     Pg. 21)




Need Imagination...

"Necessita Imaginação..."

                        Já pararam para pensar que a vida é apenas um curto período de pequenos acontecimentos que logo serão esquecidos? Não? Bom, agora já têm o que pensar...
Se analisarmos, a vida é muito chata de se viver, pois nada acontece, é sempre a mesma coisa todos os dias.
E quando acontecem coisas diferentes?
                        Ora, se alguma vez acontece algo diferente ou fora da rotina, então é por que nós causamos isso e não por alguma "armação do destino" ou mesmo sorte -, mesmo porque sorte não existe para aqueles que sabem o que fazem e têm confiança em seus atos.
                        "É preciso imaginação para viver, pois a vida, analisada a fundo, é uma MERDA.", R. Pinheiro.
                        Corrijam-me se eu estiver errado. Mas geralmente nosso dia-a-dia é assim:

                        Acordamos
                        Tomamos Café-da-Manhã
                        Vamos para a escola ou trabalho
                        Passamos em média de 5 a 9 horas lá
                        voltamos
                        Almoçamos ou jantamos
                        Vamos dormir cedo, pois no dia seguinte começará tudo de novo...

                        Se por algum acaso algo especial acontece, é porque fomos atrás daquilo para termos essa "opção" alternativa de vida. Se você namora, toca em alguma banda ou faz algo que nem todos fazem, então você apenas vive alternadamente uma alternativa de vida alternada.... Ou seja, acabou de adicionar algo à sua rotina que em pouco tempo será tirada ou apenas se fixará com o tempo...

                        É preciso imaginar coisas para que possamos viver uma vida interessante. Nos iludir em amores que não existem para podermos achar que estamos vivendo por alguma razão; pensar que somos importantes por alguma coisa que fizemos para acreditar que não somos só mais um na vida.

                        Sim, é um modo ingrato de se analisar a vida, mas é o mais sensato pensamento que podemos aceitar.


Pensamentos acumulados por muito tempo geram coisas assutadoras até para quem pensa, não concorda?



                                                Por:  R. Pinheiro




O meio social como barreira para o desenvolvimento humano

                       Atualmente, ter um bom emprego representa o básico para ser inserido na sociedade. Quem não está empregado muitas vezes é tachado como "vagabundo" ou "preguiçoso". Mas será que o meio social em que vivemos propcia oportunidade a todos?
                       Em muitas cidades brasileiras, a grande maioria da população é pobre e depende da rede pública de ensino. Essa por sua vez, é precária e desestruturada, o que acaba por desestimular os estudantes. Sem o conhecimento básico não se tem qualificação profissional nem se consegue um trabalho.
                       Outro fator importante que atua como obstáculo para o desenvolvimento socioeconômico do cidadão brasileiro é o preconceito social. Com base nas teorias de Karl Marx, de que burguesia e proletariado estão em conflito, o preconceito surge como reflexo dessa "guerra".
                       O trabalho deveria ser tratado não como meio de sobrevivência, mas sim como autorreconhecimento de seu esforço e desenvolvimento.
                        A sociedade atual peca ao considerar um bom emprego aquele em que se ganha muito ao invés daquele em que o indivíduo gosta do que faz e sente-se um profissional realizado e feliz.



                                                                               Por: Jordana Gouveia & S.